
4.ª edição do MURO Festival de Arte Urbana LX_2021
Mais de 30 artistas nacionais e internacionais
25 intervenções de arte urbana
2 exposições
1 instalação
1 workshop
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4.ª edição: O MURO QUE NOS (RE)ÚNE
Freguesia do Parque das Nações de 3 a 11 de Julho

(© Bruno Cunha | CML | DPC | 2021)
Lisboa é mais uma vez palco do Muro, Festival de Arte Urbana, a iniciativa da Galeria de Arte Urbana da Câmara Municipal de Lisboa, que manifesta em todos as suas vertentes as principais estratégias culturais pensadas para o Município, como a descentralização e a internacionalização, num dos campos artísticos que mais se desenvolveu em Lisboa nos últimos anos: a arte urbana.
Nesta 4.ª edição do MURO LX_2021, a Câmara Municipal de Lisboa une-se à Junta de Freguesia do Parque das Nações, que tem apostado no desenvolvimento dos territórios e no envolvimento das suas comunidades através da arte urbana, dando continuidade ao projeto de arte pública que se iniciou na Expo’98, e à Gebalis, que tem tido um papel fundamental na promoção de uma política de habitação que procura atenuar as desigualdades sociais entre áreas urbanas da cidade, regenerando os bairros lisboetas e criando projectos de proximidades com as/os cidadãs/ãos.
É neste contexto que a Cultura Urbana, a Multiculturalidade e a Sustentabilidade ganham sentido e importância como principais temas do MURO LX_2021, inspirando mais de 30 artistas a intervir em espaço público, sob o mote o Muro que nos (re)úne.
Consagrados e emergentes, individualmente ou em coletivo, portugueses e estrangeiros, residentes e nómadas urbanos, durante dez dias, todos estão na rua, e o público pode ver e acompanhar a criação de novas intervenções artísticas em Lisboa, considerada uma cidade de referência internacional no contexto da arte urbana.
De um modo orgânico, este Muro desdobra-se em vinte e cinco intervenções de grande escala, três exposições, uma instalação e um workshop, distribuídos por vários pontos do território, como um desafio à multiplicação do nosso olhar sobre a cidade, sobre as comunidades, e sobre nós próprios enquanto Humanidade.
(© Bruno Cunha | CML | DPC | 2021)
O ponto de encontro, a Gare do Oriente, é também uma porta de entrada para o Muro LX_2021. Daí, irradiam três núcleos programáticos: Sustentabilidade na zona envolvente da Gare do Oriente e na Avenida de Pádua, Cultura Urbana no Parque Tejo e Multiculturalidade no Casal dos Machados.
Através de um conjunto de intervenções, exposições e instalações, os artistas do núcleo Sustentabilidade apresentam propostas à cidade, que são também visões e statements sobre as práticas e as vivências na actualidade.
Aqui encontramos temas universais, com real impacto à escala global, como as alterações climáticas, energia, ecologia, poluição sonora e visual, contaminação das águas, salvaguarda de ecossistemas, economia circular, reciclagem e reutilização de recursos, entre outras questões associadas à protecção e revitalização dos recursos naturais e do meio ambiente e, por consequência, fundamentais à sobrevivência do planeta e do ser humano. Odeith, Bordallo II, Crack Kids, Jacqueline de Montaigne, Krus, Fahr021.3, Thiago Mazza e os quatro artistas do Grupo Visegrado - Mikołaj Rejs, Fat Heat, Tomáš Junker aka Pauser e Dupla RCLS, são os autores das obras que nos despertam para este urgente olhar sobre o mundo e do necessário reencontro com os valores mais essenciais.
O núcleo da Cultura Urbana, no Parque Tejo, traz a dimensão da intermediação entre práticas artísticas, sociais e desportivas em espaço público, e a forma como a sociedade e as cidades de hoje são habitadas e experienciadas, através da interseção entre os diferentes domínios. As intervenções nos pilares da Ponte Vasco da Gama, nos campos de basquetebol e no skate park, traduzem este encontro. Neste núcleo encontramos o writer português Odeith, a writer columbiana Zurik, e os artistas Nuno Viegas, Trafic e o colectivo Thunders, que inclui Bray, Chure, Monster, Klit, Mar e Mosaik.
O Casal dos Machados, núcleo da Multiculturalidade, propõe um olhar sobre as comunidades e as diferentes culturas, cruzando estes temas com valores prementes como a liberdade, a diversidade e a igualdade, através de intervenções de grande escala, em empenas de edifícios e muros, realizadas pelos três vencedores do Open Call lançado internacionalmente no âmbito do festival - Juan José Surace, MOTS e Rocket01 – , e pelas obras dos Colectivo Rua, D*Face, IAmEelco, Los Pepes, Mabel Vicentef, Nark, Pedro Podre e Stom500.
O poder criativo dos artistas urbanos expressa-se no Muro LX_2021 através da reunião de distintas técnicas, como desenho, pintura, ilustração, graffiti, 3D, design, tipografia e escultura cruzando-as com o território e a identidade do lugar onde se inscrevem, seja em empenas, atravessamentos pedonais e rodoviários, lojas, pilares, muros ou espaços abandonados.
De encontros e de reencontros - dos lugares, das artes, dos artistas e das pessoas - construímos o Muro LX_2021, uma malha que se expande e abraça Lisboa e o Parque das Nações, sempre com a arte urbana ao centro.
Exposições
Obliquity - Odeith
Karma - Crack Kids
Installations
Around - Fahr021.3
